Professor da USP desenvolve asfalto que absorve a água da chuva

Para um motorista, talvez não haja nada melhor do que uma rua bem cuidada e asfaltada, onde se roda macio, como um tapete.

O problema é que boa parte das vias de tráfego das cidades estão em más condições de uso, vítimas de buracos causados pela formação de poças durante a chuva, uma vez que este tipo de solo é impermeável.

“A nossa ideia era poder absorver a água da chuva no revestimento da pavimentação que se usa nas ruas, nos loteamentos, condomínios e estacionamentos. Absorver rapidamente essa água e permitir que ela pudesse ser armazenada na parte inferior do pavimento”, afirma o professor.

Em qualquer tipo de estrada, seja uma ruela, seja uma rodovia, a pavimentação é realizada da mesma forma.

Começa-se por cima, com uma camada de cinco centímetros de pequenas pedras, unidas pelo asfalto.

Ela precisa ser bastante resistente, o suficiente para que o trânsito percorra (inclusive ônibus e caminhões pesados), sem soltar qualquer pedaço.

A segunda camada, que vem logo abaixo, é mais espessa, composta de brita (rochas maiores).

Essa base possui muitos espaços vazios, que poderiam funcionar como um reservatório.

Mas aí vem o problema: como a superfície poderia deixar a água passar, sem se tornar um piso frágil, quebradiço, frente a um trânsito pesado.

Assim, o Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da própria USP, ligado à Engenharia de Transportes, unindo pedras, cal e asfalto, que serve de liga na mistura, produziu diferentes tipos de pisos para pesquisa.