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Você sabia que um bilhão – isto mesmo, UM BILHÃO – de pessoas não têm acesso à água potável de maneira segura? Se para a maioria de nós a água vem com um toque na torneira, para uma em cada seis pessoas é preciso enfrentar horas de caminhada – aproximadamente 8 km (ou, pior, 16 km em períodos de seca).
Na Índia, para coletar este recurso natural as pessoas gastam, em média, 25% do seu dia. Por isso, crianças são privadas de estudar para auxiliar as mães – que geralmente são responsáveis pela atividade. Os malefícios não param por aí: carregar, todos os dias, 20 litros de água na cabeça causa sérios danos à coluna vertebral.
Para proporcionar um manejo eficiente, seguro, higiênico e economicamente acessível, a Wello, empreendimento social americano, reinventou a roda. Ao longo de 15 meses, o time entrevistou mais de 1.500 membros de uma comunidade na Índia e criou inúmeros protótipos de soluções.
A WaterWheel 2.0 mostrou-se mais conveniente. Ela é capaz de transportar 50 litros de água em apenas uma viagem – o que equivale a cerca de quatro viagens da maneira convencional. Além disso, o equipamento promete ser durável.
Para que a engenhoca seja economicamente viável para famílias pobres, a fabricação local – em Ahmedabad, cidade com mais de cinco milhões de habitantes – e parcerias de responsabilidade social permitirão os mais baixos custos possíveis.
Com isso, mulheres poderão dedicar mais tempo às tarefas que geram renda extra para a família – diminuindo, assim, a condição de pobreza de milhares de pessoas – e crianças terão tempo livre para ser criança.
Assista, abaixo, ao vídeo que apresenta a iniciativa.
A relação entre a água e o Brasil é de amor e ódio. Em diferentes regiões, chuvas deixam marcas devastadoras e a falta de água ameaça a população. Mas é este recurso natural que possibilita não só a vida em abundância – lê-se, também, biodiversidade – como grande parte da matriz energética brasileira. Quem sabe não importamos a tecnologia para áreas remotas do Brasil?