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Eu sou fã do minimalismo! Já escrevi aqui, aqui e aqui no The Greenest Post sobre isso. E o assunto continua me instigando. Afinal, quanto do meu precioso tempo já ganhei por não precisar ficar muito tempo na frente do armário escolhendo minha roupa – pelo simples fato de não ter muita roupa? Ou quanto espaço já não economizei em casa por ter poucos objetos?
O autor do blog Becoming Minimalist, Joshua Becker, tem uma teoria muito bacana sobre o minimalismo: tudo que você precisa é apenas uma unidade. Dizer isso pode ser “chover no molhado”, mas colocar em prática é um exercício mais difícil do que parece nos dias de hoje, em que o consumo ainda dita muitas regras e, muitas vezes, nos define como pessoas.
A teoria de Joshua vai contra quase todo instinto humano, de marcação e conquista de território. A sociedade de consumo reforça a nossa necessidade intrínseca de ter. Ficamos vidrados com tudo isso. Colocamos culpa na facilidade e satisfação que isso nos traz, mas será mesmo?
Recentemente mudei de apartamento junto com meu namorado. Eu pensava que era minimalista e que tinha poucas coisas, mas precisei de algumas viagens com carro para conseguir – finalmente! – levar tudo para a casa nova. Com filho, a mudança ficou ainda mais desafiadora, já que ele, apesar de pequeno, tem muito mais roupas do que eu, uma vez que suja muito mais peças do que um adulto.
O meu namorado, entretanto, fez toda sua mudança em apenas uma viagem de carro. E isso me levou a muita reflexão. O que são as tantas coisas que eu precisava transportar e ele não? Será que eu realmente precisava de tudo aquilo?
Segundo Joshua, não. A alegria está na simplicidade de ter apenas uma unidade. “Quando começamos a limpar nossa casa, percebemos uma tendência preocupante: repetições. Temos repetições de tudo: roupas de cama, jaquetas, tênis, velas, televisões e até mesmo controles remoto para um mesmo aparelho!”, revela.
Costumamos pensar: se ter um objeto é bom, ter mais que um é melhor ainda. Mas não é bem assim que funciona. Bens materiais acabam enchendo sua vida e cabeça de coisas que não importam tanto. O que um dia foi sinal de fartura para mim, hoje já perdeu totalmente o sentido.
A família de Joshua adotou a filosofia e conseguiu encontrar prazer em possuir apenas uma televisão, um casaco de frio, um cinto, uma garrafa d’água, um shampoo, etc. – sem backups! Assim, com menos “tranqueiras” em casa vou passa a achar suas coisas mais importantes, cuida mais delas e, consequentemente, precisa repô-las com menos frequência. Quer mais? Ao economizar com o supérfluo você pode passar a investir nas coisas que, de fato, te trazem bem-estar, como viagens, alimentação e lazer em geral.
E aí, topa o desafio?
Foto: Rubén Pérez Planillo/Creative Commons
3 Comments
Sandro
minimalismo é o caminho!
Francis Oliveira
minimalismo é libertação
Luiz Alfredo
Minimalismo é uma das melhores formas de se viver, fico feliz em ter essa característica.