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Depois de recusar sediar os Jogos Olímpicos de Inverno para investir em moradias para a população e de fechar quatro presídios por falta de presos, a Suécia vem com mais uma novidade, que vai aumentar ainda mais a sua vontade de fazer as malas e se mudar de vez para o país europeu.
É que por lá, a licença-paternidade – que já é muito maior do que a concedida no Brasil – pode aumentar ainda mais. O parlamento sueco deve votar, em breve, proposta que dá aos papais o direito de ficar, no mínimo, três meses inteirinhos com seus bebês em casa. E as chances da ideia ser aprovada são grandes! Já pensou no Brasil?
Estamos longe dessa realidade. A própria legislação atual da Suécia já dá um banho na brasileira: ela garante ao casal o direito de ficar 16 meses afastado do trabalho por causa de seus filhos. Funciona assim: a mãe tem, por lei, três meses de licença, logo que o bebê nasce, e o pai, tem dois. Sobram, então, 11 meses para se ausentarem do trabalho, quando julgarem necessário, até a criança completar oito anos.
Se a nova medida for aprovada, os pais passam, então, a ter três meses obrigatórios de licença, logo após o nascimento, e sobram 10 meses para serem divididos pelo casal, como bem entenderem. É ou não é bom?
E tem mais: durante a licença, os pais recebem 80% de seus salários. O benefício é limitado por um teto de 4 mil euros (cerca de R$ 13.800), que já é bem mais do que a maioria da população ganha por aqui.
Atualmente, no Brasil, as mulheres têm direito a licença-maternidade que varia de quatro a seis meses. Já os pais ganham míseros cinco dias. Recentemente, emenda que propunha o aumento da licença-paternidade para um mês foi rejeitada no Congresso Nacional, mas ainda tramita proposta para aumentá-la para, pelo menos, 20 dias. Quer saber mais? Leia Comissão aprova aumento da licença-maternidade.
Especialistas defendem que é na primeira infância que as crianças desenvolvem suas estruturas sociais, afetivas e cognitivas. Por isso, é tão importante que pai e mãe estejam extremamente presentes nesse período, para garantir ao bebê um desenvolvimento saudável. Nós concordamos e você?
Foto: Karen Sheets de Gracia/Creative Commons