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Saem as carteiras enfileiradas e entram as sombras das árvores, o pátio, o refeitório e onde mais os alunos se sentirem confortáveis para fazer suas atividades. Há mais de 10 anos, é assim na Escola dos Nossos Sonhos, escola comunitária construída no Brejo Paraibano, na cidade de Bananeiras.
A instituição nasceu com o objetivo de alfabetizar os trabalhadores rurais da região, “tendo a subjetividade dos educandos como pilar central de sua metodologia”. A ideia é respeitar e valorizar os interesses e valores dos alunos e, sobretudo, estimular sua autonomia e felicidade.
Para tanto, a escola segue as diretrizes da Base Comum Curricular do MEC, o Ministério da Educação, mas convida alunos e comunidade em geral a contribuírem para a construção do seu currículo. Por lá, é comum ouvir a pergunta: “O que você quer aprender aqui?“.
Os professores são chamados de tutores e, em vez de fortalecerem a clássica hierarquia entre mestres e alunos na hora do aprendizado, assumem um papel de mentores, oferecendo tutoria individual e personalizada para cada aluno.
Atualmente, a Escola dos Nossos Sonhos é aberta também para crianças. Isso porque, após um período ensinando apenas trabalhadores rurais da região, entendeu-se que oferecer acesso à educação desde cedo à comunidade seria a forma mais eficaz de combater a alta taxa de analfabetismo local.
Por sua metodologia inovadora, a instituição já recebeu alguns reconhecimentos nacionais e internacionais, além de ser certificada pelo MEC. Entre eles, faz parte da rede mundial de Escolas Transformadoras, da Ashoka, e integra o programa global Escolas 2030, que reconhece boas práticas para a educação de qualidade de crianças e jovens.
Quem aí morre de orgulho de ser brasileiro nessas horas?