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Seguindo tendência mundial de reduzir o desperdício de alimentos – que, vale lembrar, representa ⅓ de toda comida produzida no mundo – e ajudar aqueles que têm fome, o restaurante indiano Pappadavada resolveu disponibilizar uma geladeira pública na calçada, em frente ao estabelecimento, que será abastecida pelos alimentos que não forem consumidos no local.
Os clientes que quiserem, também podem pedir para embrulhar o que restou da refeição e depositar na geladeira. O único pedido para quem quer colaborar proativamente com a iniciativa é informar a data de preparo dos alimentos que forem colocados na geladeira, para que quem for consumi-los não corra o risco de passar mal.
Quem precisa do alimento não precisa nem pedir, basta abrir a geladeira e se servir. Assim, não apenas pessoas em situação de rua podem se beneficiar da iniciativa como também aqueles que se encontram em dificuldades financeiras.
Algumas pessoas chegaram a falar para Minu Pauline, dona do restaurante, que a iniciativa não iria funcionar e a geladeira, provavelmente, seria roubada. Mas ela não deixou a negatividade interferir no que o seu coração mandou fazer e transformou o eletroeletrônico em uma forma de mostrar generosidade à cidade onde mora.
A dona do restaurante lembra, especialmente, de um episódio emocionante. Na Páscoa, um senhor deixou uma sacola cheia de bolo e outras comidas tradicionais da Índia, além de bebidas, na geladeira – sem dizer uma palavra sequer. Pauline então agradeceu e relembrou que não era necessário colocar refeições tão reforçadas já que a ideia é cada um ajude com o que pode. O senhor, então, respondeu: “Nós queremos que todos tenham uma refeição como a nossa na Páscoa”.
E esse é apenas um dos exemplos de generosidade presenciados! Várias vezes pessoas compraram, em seu restaurante, alimentos especialmente para colocar na geladeira. Vez ou outra, Pauline vê crianças compartilhando seus doces também. Os alimentos doados não ficam muito tempo dentro do eletrodoméstico. Todos os dias são depositadas de 75 a 80 refeições e, no dia seguinte, há espaço suficiente para recomeçar tudo de novo.
E não pense que a ideia é exclusividade da Índia! Em Goiânia, Espanha e Bélgica também há ações semelhantes, que comprovam que é possível ter uma cidade mais generosa, onde não há tanto desperdício de comida, enquanto muitos passam fome. Não é um ato de assistencialismo: é altruísmo. Comer é uma necessidade fisiológica superimportante para manter a saúde física e mental das pessoas.