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Elas são o método preferido das operadoras e planos de saúde (e também de muitas mamães) para trazer bebês ao mundo, mas segundo o Ministério da Saúde as cesáreas estão longe de ser a forma ideal de ter nenês.
Elas aumentam em 120 vezes o risco de problemas respiratórios em recém-nascidos e triplicam o risco de morte da mãe, se comparadas aos partos normais. E mais: cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis registrados no Brasil estão relacionados à prematuridade provocada pelas cesáreas.
Por essas e outras, o governo brasileiro “declarou guerra” as cesáreas em 2015 e iniciou campanha de conscientização que defende que o método deve ser escolhido, apenas, em situações de necessidade (quando a vida da mamãe ou do bebê estiver em risco).
É que mais de 84% dos partos realizados pela rede privada no Brasil são cesarianas. Na rede pública, o índice é de 40%. A taxa máxima recomendada pela Organização Mundial de Saúde é de (pasme!) 10%. “É inaceitável a ‘epidemia’ de cesarianas que vivemos hoje em nosso país”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, à Agência Brasil.
Para tentar reverter a situação, Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar estabeleceram, em janeiro deste ano, novas normas para a forma como as seguradoras e planos de saúde devem tratar as gestantes.
Entre as mudanças está o direito da paciente de solicitar a essas empresas os percentuais de cesáreas e partos normais realizados por cada estabelecimento e médico obstetra. As operadoras deverão liberar os dados em, no máximo, 15 dias, caso contrário pagarão multa de R$ 25 mil.
Mas, vale lembrar, que muitos médicos e estabelecimentos são pressionados a optar pelas cesáreas. Por isso, a ANS também disponibilizou, em seu site, lista que revela o número de cesarianas e partos normais realizados por cada operadora em 2013.
Consulte a tabela e descubra se o seu plano de saúde é daqueles que prioriza os partos normais ou que opta pelas cesáreas, em nome da praticidade e do lucro.
Foto: J.K. Califf/Creative Commons