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No último ano, mais de 55% dos lares brasileiros – quase 117 milhões de pessoas – viveram em situação de insegurança alimentar – ou seja, em algum momento não sabiam mais se teriam o que comer no dia seguinte. Os dados são de pesquisa inédita feita pela Rede Penssan, que apontou ainda que regiões de favelas são as que registram o maior número de casos de famílias sofrendo com a fome.
Combater essa realidade, por meio da oferta de frutas, verduras e legumes frescos, é o objetivo do programa Hortas Cariocas, da prefeitura do Rio de Janeiro, que mantém 49 hortas em comunidades vulneráveis e escolas públicas da capital fluminense. Entre elas, a Horta de Manguinhos, a maior horta comunitária da América Latina.
Além de alimentar gratuitamente à população local, a iniciativa ainda promove empregos nas favelas, ao capacitar e contratar moradores da região para trabalharem como agricultores urbanos nas plantações.
Pelo serviço que está prestando à sociedade, o programa foi reconhecido pela ONU como essencial para o atingimento dos Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável. Entre eles, o Objetivo 2, que até 2030 busca “acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular dos pobres e pessoas em situações vulneráveis, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano”.
Em 2019, a iniciativa já havia recebido outro reconhecimento internacional no Milan Pact Awards, premiação que lista iniciativas de sustentabilidade implementadas mundo afora que merecem ser replicadas. Na ocasião, o Hortas Cariocas levou Menção Honrosa na categoria ‘Sistemas Alimentares Urbanos’.
Agora, a prefeitura do Rio de Janeiro busca aprimorar o programa e acrescentar o cultivo de proteína animal nas 49 hortas, por meio de um sistema de aquaponia, capaz de cultivar peixes e vegetais ao mesmo tempo, em um processo que trabalha a reutilização da água. Vai, Brasil!