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Enquanto em Santa Rita do Sapucaí os presos suam a camisa para gerar energia limpa para a cidade, em Betim, outro município de Minas Gerais, os detentos colocam a mão na massa (ou melhor, na terra) para ajudar quem precisa.
Isso porque o Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) da cidade instalou uma horta no entorno do presídio, em que são cultivadas verduras, legumes, plantas medicinais e até sementes de girassol. Tudo orgânico!
Os alimentos são cultivados pelos próprios presos, que cuidam da horta, das 8h às 17h, sob os olhares atentos de dois agentes penitenciários, uma vez que o espaço fica fora das dependências do presídio. Uma vez por mês, um agrônomo também vai ao local para dar assistência técnica aos hortelões.
A ideia é diminuir o tempo ocioso dos presos e ensinar a eles um ofício. Pelo trabalho prestado, ganham redução de pena: um dia a menos na cadeia a cada três trabalhados na horta. Isso porque a atividade beneficia a comunidade do entorno. Os alimentos cultivados – cerca de 300 quilos por ano – são encaminhados a famílias da região que vivem em situação de vulnerabilidade social, garantindo uma alimentação mais saudável a quem precisa. É ou não é um bom modelo para ser replicado nos presídios Brasil afora?
Foto: Omar Freire/Divulgação