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Durante dois anos, pratiquei a compostagem no meu apartamento em um minhocário moderno, facilmente encontrado para vender na internet (ou ainda para ser feito em casa com a ajuda de tutoriais “faça você mesmo”). O que descobri é que: falta de espaço não é desculpa! Funciona de maneira bem simples. Há três compartimentos: os dois primeiros se revezam para depositar matérias orgânicas, enquanto o último acumula o chorume, um dos resultados da compostagem.
Cada caixa deve demorar uns três meses para encher completamente. Toda vez que você deposita matéria orgânica, deve cobri-la com matéria seca (pode ser serragem ou folhas secas de árvores). No meu caso, eu aproveitava para reciclar caixas de pizza e papelão — então picava em pequenos pedaços e colocava no minhocário, em cima da matéria orgânica – como cascas de fruta.
Com a correria do dia a dia, muitas vezes não tinha tempo de providenciar a matéria seca e acabava depositando os materiais orgânicos sem cobri-los. Não recomendo esta prática, pois cria-se um ambiente desequilibrado para as minhocas, que podem querer “fugir” da caixa. Além disso, pode ser atrativo para algumas moscas, que costumam ficar perto de frutas.
O processo todo não deve demorar mais que seis meses. Na teoria deveria ser três, mas já abri a caixa algumas vezes e percebi que nem tudo estava decomposto completamente. As matérias orgânicas em decomposição não tem cheiro ruim — o cheiro é de terra fresca, uma delícia.
Sua horta não poderia ter melhor adubo, se não este natural produzido em casa. As plantinhas aqui adoraram tanto o adubo quanto o chorume (utilizado na proporção 1 litro para cada dez de água). Além disso, vira e mexe a composteira nos traz uma surpresa boa: uma mudinha que brota por lá (um ambiente nada usual, certo?). Muito provavelmente ela deriva de alguma semente que jogamos lá dentro.
Para saber mais sobre o assunto, recomendo fortemente que procure pelo grupo do facebook “Composta São Paulo”, em que alguns contemplados do programa da prefeitura da cidade de São Paulo se ajudam colaborativamente.
Foto: CAFNR/Creative Commons