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Se existe uma ferramenta capaz de transformar o mundo todos os dias é a Tecnologia da Informação. Reportagem da Exame sobre as 10 inovações que mudaram o mercado no último ano constata isso. As principais companhia do setor que integram a lista são: Uber, Tinder, WhatsApp, Airbnb, Kickstarter, Easytaxi e Spotify. Todos aplicativos. Incrível, não? E se pensarmos em produtos? Podemos falar de impressoras 3D e da internet das coisas. Ou da grande tendência de gamificação que temos agora, seja nas escolas ou nas empresas.
Consegue perceber o quanto a tecnologia da informação está embutida em nosso dia a dia? Ou mesmo naquilo que era velho, foi remodelado e se tornou novo de novo? É evidente o potencial que os profissionais de TI têm para alçar vôos: sabem como se empoderar de suas boas ideias para que consigam, eles mesmos, executá-las.
E aí aparece a desvantagem das mulheres nessa competição. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, em 2014, mais de 270 mil homens se inscreveram em cursos de TI, contra apenas 49 mil mulheres. Outro dado interessante, mas não muito recente, vem do Censo do IBGE: em 2010, das 520 mil pessoas que atuavam no setor de TI, apenas um quarto era do sexo feminino. COMO ASSIM?
Muitos motivos explicam essa desigualdade de gênero, desde a orientação recebida na infância de que apenas os meninos brincam de computador, até o preconceito que uma mulher sofre nos cursos de graduação – onde mais de 90% dos alunos são do sexo masculino – e no mercado de trabalho. A trajetória de uma mulher que opta por trabalhar em TI está longe de ser “fácil” e persistir na profissão requer muita perseverança.
Como mudar a direção dessa tendência? Como melhorar a experiência das novas alunas nos cursos ou das profissionais que já estão no mercado de trabalho? Algumas organizações já estão se sensibilizando para a causa e lançando iniciativas bem bacanas. Algumas são tão legais que até quem não se interessava pelo tema começou a pensar no assunto. Uma delas é o PrograMaria, projeto que tem como missão empoderar as mulheres ao ensiná-las sobre programação. A primeira turma teve início no mês de junho e, segundo as organizadoras, o sucesso na etapa de inscrições foi tanto que, para suprir a procura, seria necessário criar outras trinta (!) turmas. Outra iniciativa é o MariaLab, espaço que fornece a infraestrutura necessária para que mulheres possam desenvolver seus projetos de TI.
E assim vamos, com escolas exclusivas para meninas, espaços dedicados, grupos de discussão, exemplos de executivas de sucesso na área… Todos esses são ingredientes essenciais para uma receita de sucesso para um mundo mais igualitário e, essencialmente, para que a inovação não seja um drive predominantemente masculino.
Foto: Divulgação/Programaria