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Nada de carro oficial! Na capital da Inglaterra, todos os vereadores e até o prefeito são proibidos de ter automóveis pagos com dinheiro público. Motoristas então? Nem pensar! Bem diferente das cidades brasileiras, não?
Ao tomar posse de seus cargos, os políticos recebem vale-transporte válido para ônibus, trem e metrô e são avisados das regras oficiais da Assembleia de Londres, a ‘Câmara dos Vereadores’ da cidade britânica: “O prefeito e os membros da London Assembly têm o compromisso de usar o transporte público“.
Táxis também não são liberados. Para serem reembolsados quando optam por este tipo de serviço, os políticos precisam provar que não tinham outra opção de deslocamento para ir ao lugar que precisavam.
O prefeito Boris Johnson, no comando do governo de Londres desde 2008, é um dos que menos utiliza o serviço. Em uma bela jogada de marketing, ele aproveitou a norma que o proibia de ter um carro oficial e atrelou sua imagem à causa do cicloativismo.
Johnson é constantemente visto pelas ruas da cidade pedalando de capacete – ao vivo e também nas propagandas do programa de aluguel de bikes que ele mesmo criou para desincentivar o uso do carro para deslocamentos diários.
Ah, se as cidades do Brasil seguissem o exemplo… Íamos economizar muito dinheiro público para investir em outros setores – bem mais importantes, diga-se de passagem!
Foto: Divulgação/Prefeitura de Londres
18 Comments
Carlos
É pena não acreditarem numa democracia em que todos podem partilhar a sua opinião e é ridículo retirarem o meu reply só porque não vai de encontro com a vossa agenda.
Redação
Olá, Carlos! Tudo bem?
Este é o primeiro comentário seu que recebemos.
Sua opinião é mais que bem-vinda para o debate.
Abs!
Equipe The Greenest Post
ana
Curiosa para saber de argumentos contra.
Poder-se-à argumentar que em Lisboa seria difícil de implementar. Mas a ideia é mesmo essa: inicia-se o debate quando finalmente quem governa se debater com as dificuldades dos utilizadores destes serviços.
Eu? Sinto-me bem servida neste aspecto. Contudo, sei de malta que para fazerem um trajecto menor que o meu, demoram o dobro, porque a rede não está desenhada da melhor forma, presume-se.
Há algum esforço a ser investido nesta área. Exemplo: anda-se a testar (e penso que já está disponível) um serviço de transporte público com aluguer de bicicleta integrado. Ou seja, para quem tem uma rota irregular, a bicicleta ajuda a ter uma circulação mais autónoma.
Outra:
Foi a concurso público (e ganhou 500 000 eur – não é muito, mas) a construção´de uma ciclovia aqui em Lisboa que faça a ligação entre todos os Polos da Universidade de Lisboa. Isto é interessante porque ter-se-à de unir o Alto da Ajuda (montanha, floresta) com a Baixa (junto ao mar), com a Cidade Universitária, etc.
Como sabem, em Lisboa, temos o problema das cotas (montanhas… ya…). Há um outro projecto que deseja resolver esta questão da mobilidade em Lisboa em ciclovias com o máximo de 6 a 8% de declive.
Isto sim, são problemas interessantes de resolver – os tais que é suposto serem resolvidos.
Não?
Cristina Berner najjar
O Mundo pode melhorar. E só continuar fazendo a cross certa que já está a Caminho.
rogerio foschiani
o prefeito de são paulo antes de fazer ciclovias e diminuir as ruas tirando espaços dos automoveis nas ruas. ele e seus cumplices na camara deveriam de ser os primeiros a irem trabalhar de bicicleta!!!
Maria
Político no Brasil não quer trabalhar para o povo….quando trabalha, se é que o fazem, primeiro pensa em seus próprios bolsos….nunca iria pedalar pra ir pro trabalho…é só mesmo “venha a nós”…..
tiago speed
Esse post é sensacional,uma genial ideia,gostaria de enviar um projeto para minha cidade ..
Eu acho que todo politico deveria se deparar com a realidade do cidadão de seu País e utilizar dos serviços publicos para verificar a qualidade que é prestada para ver o que sofre o trabalhador que produz o PIB da nação.
Enquanto o governo for tratado como empresa onde tem que gerar lucro através dos aumentos nos impostos isso nunca irá acontecer.
Alberys Rocha
Atitudes como essas deveriam ser adotadas por outras cidades, o que beneficiaria o planeta com a redução de poluentes e a sociedade local em adquirir hábitos saudáveis de deslocamentos e maiores investimentos públicos em setores primários para qualquer civilização, como Educação e Saúde!!!
Paulo Charbel
Boa tarde,
Já que esta “classe de privilegiados” não abdica de usufruto de viaturas do estado com motorista, então que se crie uma espécie de central de táxis de luxo (ou não), que em vez de táxis possua algumas viaturas com motorista sempre à sua disposição!
Essa viatura transportaria o político do ponto A até ao ponto B e regressaria à “central”, ficando disponível para o próximo político que dela necessitasse (em trabalho claro está). Certamente que no início, o político (e talvez os seus familiares) iriam sentir alguns sintomas associados à privação de uma regalia deste tipo, tais como irritabilidade, convulsões, suores frios, espasmos, etc., mas com o tempo tudo passaria.
Também existe outra hipótese, que seria a possibilidade de se criarem cursos de formação para políticos, vocacionados para o ensino de utilização de transportes públicos, nos quais técnicos especializados ajudariam o político a comprar um bilhete de autocarro ou de comboio sem a ajuda de um assessor. Mas isto já seria pedir muito…aos técnicos claro!
Obrigado pela atenção.
Paulo
JORGE RODRIGUES
País e políticos de primeiro mundo é outra coisa. Os daqui precisam ser domesticados para começarem a evoluir.
Rita Nascimento
Aqui no Brasil isto nunca será possível! Quando que os deputados daqui vão legislar contra eles??