Share This Article
Depois das calçadas feitas de caroço de açaí, vem aí mais um subproduto ecológico do fruto, bastante popular sobretudo no norte do país: o plástico de açaí, produzido a partir das fibras que sobram nas amassadeiras, usadas para extrair a polpa do alimento.
A descoberta foi feita pelo engenheiro florestal Mário Scatolino, em sua tese de doutorado, e agora é aprofundada pelos pesquisadores Tarcísio Alves e Tiago Marcolino, da Universidade do Estado do Amapá.
O material, na verdade, é um filme de nanocelulose, obtido após submeter as fibras residuais do açaí a alguns processos de lavagem e secagem. Todo o ciclo dura cerca de 7 dias e, ao final, garante a esse material características similares a de um plástico, podendo ser usado como substituto às embalagens convencionais.
Para bom uso do produto, no entanto, os pesquisadores recomendam que o plástico de açaí seja usado para embalar produtos secos, como pães, por exemplo, uma vez que o material tem afinidade com água – o que significa que suas características podem ficar comprometidas quando em contato com o recurso.
Por enquanto, os pesquisadores ainda estão em fase de testes laboratoriais da inovação, mas bastante animados com seus resultados promissores. Se a tecnologia, de fato, se mostrar possível de ser empregada para produção em larga escala do plástico de fibra de açaí, matéria-prima é o que não vai faltar…