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Todos os anos, durante o verão, a cidade de Paris fecha uma de suas principais avenidas, localizada próxima ao rio Sena, para transformá-la em praia (com direito a areia e tudo!). Neste ano, no entanto, a administração pública inovou e decidiu não reabrir a rua para carros no fim da estação. Em vez disso, transformou-a em uma alternativa para pedestre e ciclistas.
A prefeita, Anne Hidalgo, estava pronta para um pico absurdo de carros nas outras ruas e uma piora significativa no trânsito – ainda pior na volta às aulas pós-férias de verão. Mas não foi exatamente isso que aconteceu. Pasmem: o tráfego manteve seu ritmo tranquilo e muitos carros sumiram das ruas mesmo em horários de rush. Apenas as ruas mais próximas sentiram um pouco o reflexo da medida.
Antes do fechamento da rua para o verão, em setembro de 2015, 2.600 veículos passavam por hora na rua principal. Com o fechamento dela, houve um aumento de 1.301 carros extras nas ruas secundárias. Isso quer dizer que metade dos carros ficaram em casa e transportes alternativos estão sendo utilizados para chegar ao trabalho. A prova de que, se há alternativas de qualidade, os cidadãos abrem mão SIM do automóvel.
E não para por aí! A capital francesa está investindo pesado em mobilidade urbana e fazendo mudanças necessárias para melhorar o transporte alternativo. Até 2020, eles querem ter uma ciclovia que atravessa a cidade inteira. Além disso, estão reformando áreas turísticas para ficar mais amigável para ciclistas e pedestres e baniram todos os carros produzidos antes de 1997 de suas ruas centrais para diminuir os índices de poluição. Enquanto isso, no Brasil… Bem, isso é assunto para outro post!
Foto: Leon/Creative Commons
2 Comments
Renato Vallin
Enquanto isso no Brasil, as prefeituras dos grandes centros (exceto a de São Paulo, que implantou ciclovias) investem no transporte individual, rasgando novas ruas e avenidas, ou o governo do Estado de São paulo, que não só atrasou as obras do transporte de massa, como as paralisou completamente, nã dando nem data para a entrega das futuras estações.
Ricardo
Caro amigo Renato não se esqueça que daqui às dois anos haverá eleições para presidente da República então às obras reiniciaram daqui há alguns meses, pode prestar atenção. No Brasil as pessoas só olham o que faz volume e nada mais.Vejam o metrô o mesmo é construído a conta gotas e nem órgão de defesa do patrimônio pública não fala nada, não diz nada e a vida continua…….