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O Ifad, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU, assinou acordo de financiamento com o governo do Maranhão para a implementação do projeto Gestão Sustentável da Amazônia, que visa reverter a degradação ambiental no trecho da floresta que fica dentro do Estado, considerado hoje o mais pobre e com maiores taxas de insegurança alimentar do Brasil.
“A iniciativa visa fornecer a pequenos agricultores e comunidades tradicionais ferramentas que permitam melhorar sua situação socioeconômica sem ter que recorrer ao esgotamento de seus recursos naturais. Em várias parte do Brasil, pobreza, insegurança alimentar e degradação ambiental estão profundamente interligadas”, diz Claus Reiner, diretor do Ifad no nosso país.
Segundo ele, o projeto – que é o primeiro do tipo a ser financiado pela ONU no Brasil – atuará em 4 frentes estratégicas:
• Incentivo ao manejo florestal sustentável;
• Incentivo à produção e comercialização de produtos florestais não-madeireiros;
• Investimento em infraestrutura básica de água;
• Garantia de acesso à proteção social pública para as populações rurais da região.
72% da floresta amazônica do Maranhão será impactada pela iniciativa, incluindo a parte onde está localizada a Terra Indígena Araribóia, sob constante ameaça de desmatamento e degradação por conta de extração ilegal de madeira e da exploração agrícola de grande porte.
Ao todo, 80 mil pessoas, sobretudo jovens e mulheres, de 37 municípios do Estado serão beneficiadas pelo projeto – que, além de manter a floresta em pé e ajudar a tirar da situação de pobreza a população maranhense, também promete reduzir as emissões de gases de efeito estufa do Brasil em aproximadamente 6 milhões de toneladas de CO2.
O valor total da iniciativa é de US$ 37 milhões, dos quais o Ifad investirá US$ 17 milhões, com financiamento do governo da Alemanha.
Com informações de ONU News