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Especialistas da ONU em Direitos Humanos estão fazendo um apelo à UNEA, a Assembleia do Meio Ambiente das Nações Unidas, para que tome uma atitude a respeito da “epidemia de plásticos no mundo”, iniciando negociações internacionais para um acordo juridicamente vinculativo sobre o tema, nos moldes do que foi construído para a emissão global de gases de efeito estufa.
Marcos Orellana, relator especial da ONU sobre Tóxicos e Direitos Humanos, declarou que “os plásticos são uma ameaça global aos direitos – não somente ao direito a um ambiente saudável, mas também aos direitos à vida, à saúde, à água e a um padrão de vida adequado”.
Para que o planeta permaneça habitável, ele e David Boyd, relator da ONU sobre Direitos Humanos e Meio Ambiente, sugerem à UNEA que comece as negociações para um acordo internacional, que envolva os 193 países-membros da assembleia.
Segundo eles, evidências científicas mostram que a humanidade já ultrapassou os limites planetários para uso de químicos e geração de dejetos e, por isso, a UNEA tem “a oportunidade e a responsabilidade de tomar uma medida ousada para reverter esse curso de autodestruição”.
Eles reforçam ainda que todo o ciclo de vida do plástico impacta de forma negativa os direitos humanos e, por isso, o novo tratado precisaria englobar todos os estágios da produção do plástico, desde a extração de combustíveis fósseis para a sua fabricação até o descarte do material.
Com informações de ONU News
Foto: Pnud/Sumaya Agha
