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Quantas vezes você doou sangue nos últimos cinco anos? Não importa qual seja a sua resposta, aposto que o australiano James Harrison vai te deixar no chinelo! Ele tem 78 anos de idade e já doou sangue, pelo menos, mil vezes (!) durante toda a sua vida.
A primeira doação foi motivada por gratidão. James precisou fazer uma operação no pulmão quando tinha, apenas, 14 anos e só sobreviveu graças a 13 bolsas de sangue doado por pessoas completamente desconhecidas. A atitude sensibilizou o menino, que prometeu a si mesmo que, assim que tivesse idade suficiente, se tornaria um doador de sangue.
O que James não imaginava é que suas doações seriam ainda mais valiosas do que as das outras pessoas. O motivo? Médicos da Cruz Vermelha Australiana descobriram que o homem possui em seu sangue um anticorpo raríssimo e capaz de salvar milhões de vidas: o Anti-D. A gente explica por quê!
Trata-se de uma proteína que, descobriu-se, é capaz de combater uma doença gravíssima, que acomete 17% da população feminina, só na Austrália: a Doença de Rhesus. As mulheres que possuem a enfermidade descobrem, na gravidez, que seu sangue ataca as células sanguíneas do seu feto, o que pode gerar sérios danos cerebrais nos bebês e, até, abortos.
Graças ao anticorpo produzido pelo organismo de James (e, claro, às suas doações de sangue), a Cruz Vermelha Australiana já conseguiu produzir inúmeras injeções de combate à doença, que, segundo a entidade, foram capazes de salvar a vida de 2 milhões de bebês. Não é à toa que o moço ficou conhecido na Austrália como O Homem do Braço de Ouro.
Admirável, não? Mais impressionante ainda é o fato de que, mesmo depois de 60 anos de doações, James não conseguiu se livrar do medo de agulha. Ao Daily Mail, ele confessou que, todas as vezes que se senta na cadeira para doar sangue, vira a cabeça para o lado e fecha os olhos. Tudo bem, James… O importante é não deixar o medo te dominar!
E você, já doou sangue nos últimos meses? São, apenas, 30 minutinhos do seu dia que garantem a salvação de três vidas – entre vítimas de acidentes, mães com complicações durante o parto ou a gravidez, crianças anêmicas e pacientes com câncer. Não custa nada ajudar!
Foto: Divulgação