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Servidor público na cidade de Cabixi, em Rondônia, com um salário de R$ 2 mil que usa para sustentar a família e cuidar de um irmão doente, José Carlos Oliveira é considerado um dos maiores doadores de recursos do Hospital de Amor Amazônia, que atende a pelo menos 25 mil pacientes com câncer, todos os meses, na região.
E de onde vem o dinheiro que José Carlos doa para o centro médico? Das latinhas de alumínio que encontra jogadas pelas ruas de Cabixi!
A mobilização começou em 2014, quando foi diagnosticado com problemas cardíacos e saiu do hospital com a lição de casa de fazer uma caminhada por dia para cuidar da saúde. Nos passeios de cerca de duas horas pelas ruas da cidade, começou a enxergar muitas latinhas de cerveja e refrigerante jogadas nas calçadas e decidiu então começar a coletá-las.
Os amigos compraram a ideia e, em 1 ano, José Carlos coletou uma quantidade de lacres e latinhas equivalente a R$ 7,5 mil, que foram integralmente doados ao Hospital de Amor. Dali em diante, a notícia se espalhou e praticamente toda a comunidade de Cabixi, que tem cerca de 5 mi habitantes, aderiu à iniciativa.
José Carlos espalhou pontos de coleta de latinhas por toda a cidade, conseguiu um terreno para armazenar os resíduos coletados – já que os vendendo de uma vez só no ferro velho é possível conseguir um valor melhor – e, já em 2016, mais do que dobrou a quantia arrecadada para o Hospital de Amor: foram R$ 18,5 mil.
O trabalho continuou, ano a ano, e em 2021 bateu o recorde de R$ 41.310,74 arrecadados para o centro médico, totalizando R$ 142 mil doados ao Hospital de Amor em sete anos. Tudo proveniente de latinhas coletadas e vendidas para ferros velhos para reciclagem – o que também é de uma contribuição imensa para o meio ambiente.
Por mais corações como o de José Carlos nesse mundão!