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Que a poluição do ar faz mal para nós, não é nenhuma novidade! Mas que é tão ruim quanto o tabaco para mulheres grávidas, ninguém esperava né? Segundo o estudo, ficar exposta durante apenas sete dias de muita poluição aumenta o risco de aborto em até 16% – o que equivale ao risco de aborto para fumantes.
Segundo Matthew Fuller, professor assistente de cirurgia na Universidade de Utah e autor do estudo, a inspiração da análise se deu após um aumento no número de abortos espontâneos e a poluição de ar – ao mesmo tempo! – em Salt Lake City.
Matthew e Claire Leiser, sua assistente de pesquisa, resolveram então analisar dados de 2007 a 2015 de mulheres que foram atendidas devido ao aborto espontâneo até 20 semanas de gestação. No total, 1300 casos foram considerados e foi possível concluir que há forte correlação dos abortos com os níveis de NO2 presentes no ar 7 dias antes do acontecimento.
O poluente NO2 é gerado com a queima de combustíveis fósseis, principalmente o diesel. Na pesquisa de Fuller é reportado uma média de 34 microgramas por metro cúbico durante 7 dias precedentes ao aborto, mas que chega até 145 nos picos.
Após isolar riscos pessoais de cada caso e mulher e correlacionar com a poluição, os números então concluíram que o risco aumenta em 16% para aborto espontâneo – o que é similar ao consumo de cigarro no primeiro trimestre de gestação.
“Muitos de nós imaginamos os efeitos da poluição na nossa saúde, mas descobrir que isso afeta fetos em desenvolvimento é muito decepcionante”, observa Matthew.
Foto: CommanderClive/Creative Commons