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No estado de Marsabit, no Quênia, menos que 15% das meninas maiores de seis anos vão à escola. Na cultura local, assim que assumem o papel de esposa e mãe, aquelas que tiveram a oportunidade de começar os estudos, largam tudo e se dedicam as tarefas de casa. Lá, cerca de 92% da população é pobre e só 20% é alfabetizada.
Neste panorama, uma escola móvel está se dedicando a mudar a realidade local. Mulheres têm a oportunidade de voltar à escola e vislumbrar um futuro melhor para si mesmas e para seus filhos.
A ONG Adeso, que financia e dá vida ao projeto, atende cerca de 300 adolescentes de 13 a 18 anos. Muitas delas já são mães, que frequentaram pouco (ou nada) a sala de aula e não tiveram a oportunidade de levar os estudos a diante.
Focadas no básico, como nos números e no alfabeto, mulheres são empoderadas a sonhar novamente e tomar as rédias da própria vida – seja com o empreendedorismo ou mesmo apenas por se tornarem capazes de ler direções sozinhas, não importa.
Sem poder abandonar suas tarefas domésticas, o esforço é grande, mas muito valioso. Isso porque além de estar investindo para mudar sua própria realidade, a escola móvel acaba influenciando também a geração mais nova, uma vez que muitas mães são acompanhadas por seus filhos pequenos.
As salas de aula ambulantes são uma alternativa incrível porque quando a tarefa em um local se encerra, os trabalhos recomeçam em uma nova região do país. O programa, que começou em 2014, está previsto para acabar só em 2016. Entre as maiores dificuldades do projeto estão a insegurança política, as péssimas estradas e a falta de infraestrutura tecnológica.
Assista ao vídeo, abaixo, que mostra a rotina de uma das frequentadoras do projeto.