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Moçambique agora tem salas de aula resistentes a cheias e ciclones onde estudam até 100 mil crianças em situação de vulnerabilidade, que antes eram obrigados a assistir aula em condições extremamente precárias – como ausência de teto. A iniciativa foi implementada pelo ONU-Habitat, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, em cooperação com as autoridades locais e ONGs.
Há mais de dois anos, os ciclones Idai e Kenneth passaram pelo centro e norte do país causando ampla destruição. Foi a vulnerabilidade de Moçambique ao clima que levou as ONGs Oikos-Cooperação e Desenvolvimento e Visão Mundial a iniciar o projeto em 2017, batizado de Projeto de Recuperação Resiliente de Emergência. Mais de 600 salas de aula foram construídas e reabilitadas na primeira fase.
As construções foram feitas nas províncias de Niassa, Zambézia e Nampula, em áreas frequentemente impactadas por enchentes, chuvas intensas e ventos fortes. No país africano, que é um dos mais vulneráveis às alterações climáticas, ocorrem cada vez mais ciclones e cheias.
Com uso de técnicas tradicionais, a iniciativa agrega materiais locais como lama, pedras, bambu a materiais convencionais testados. Desta forma são minimizados os danos às infraestruturas escolares, que vêm impedindo o acesso contínuo à educação.
Nesse processo, habitantes locais são treinados em técnicas de construção resiliente para que possam usar o mesmo método em suas casas e outras infraestruturas, como comércios.
A expectativa é que com as novas salas de aula resilientes haja um aumento nas matrículas de alunos e melhores condições de estudo, sem interrupções devido ao clima.
Foto: ONU/Eskinder Debebe
Fonte: Agência ONU