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Depois de ser proibido por mais de 80 anos nos EUA, por possuir (baixas!) concentrações de THC, um dos princípios psicoativos da maconha, o cultivo de cânhamo foi finalmente liberado nos EUA.
O Congresso do país aprovou a Lei da Agricultura de Cânhamo, que legaliza o plantio da planta, e desde então a indústria local da moda se movimenta para substituir o algodão pela planta na produção têxtil.
O motivo? O cânhamo produz, por hectare, o dobro de fibras do que o algodão, demanda um décimo da água usada no seu plantio e ainda requer muito menos pesticidas e herbicidas. Ou seja, muito mais econômico e sustentável!
Não é à toa que, segundo previsões da empresa de investimentos New Frontier, o setor de cânhamo movimentará US$ 5,7 bilhões até o ano que vem. Nada mal, né?
Uma das maiores produtoras de jeans do mundo, a Levi’s, que não é boba nem nada, já passou a produzir jeans com 30% de cânhamo e 70% de algodão. E a tendência é que essa porcentagem só cresça!
Por enquanto, o principal empecilho está na textura do cânhamo, que é um pouco mais áspera que a do algodão. Para o consumidor não estranhar, a marca está indo aos poucos com o processo de substituição da matéria-prima de seus jeans e, em paralelo, está investindo em tecnologias que “suavizem” a textura da fibra.
Motivos para apostar nessa nova matéria-prima não faltam, né?
Foto: Divulgação/Levi’s