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1,6 bilhão. Esse é o número de seres humanos no mundo que não têm acesso à água potável em casa. Entre os países com as piores taxas de acesso ao recurso está Angola, na África, onde cerca de 44% da população não tem uma fonte de água apropriada para beber.
Combater essa situação é o intuito de cinco jovens que integram um centro de química aplicada de Angola, o Química Verde LAB. Juntos, António Quilala, Yonara Freitas, Manuela Filho, Diatumua Simão e Manuel Fonseca desenvolveram o Minha Água, Minha Vida.
Trata-se de um biofiltro que tem tecnologia semelhante à usada em estações de tratamento, garantindo a filtragem e purificação da água imprópria para consumo. Testes feitos pelos jovens provaram que o dispositivo, capaz de ser instalado em qualquer comunidade, por mais remota que seja, remove cerca de 97,5% dos agentes patogênicos causadores de doenças presentes na água.
Assista, abaixo, vídeo em que eles demonstram o funcionamento do biofiltro.
A tecnologia já foi instalada, com sucesso, na província de Bengo, próxima à capital Luanda, uma das regiões de Angola onde a população mais sofre com a falta de água potável. Agora os jovens estudam maneiras de viabilizar a instalação em larga escala, para que possa chegar a cada vez mais comunidades sem acesso ao recurso, enquanto fazem campanha para que mais jovens ao redor do mundo se mobilizem para a causa.
“A falta de acesso à água potável é um problema global, que nunca será 100% resolvido por uma única solução tecnológica”, disse Yonara a uma rádio local, desejando que o ‘Minha Água, Minha Vida’ possa inspirar cada vez mais jovens a agir localmente. Que assim seja!
