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Com a intenção de construir cinco complexos solares fotovoltaicos em Minas Gerais, a Shell Energy Brasil, subsidiária da Shell focada em opções renováveis e sustentáveis de energia, pretende levar investimentos para as regiões Norte, Noroeste e Central do estado. A companhia britânica e o Governo de Minas assinaram um protocolo de intenções que prevê o investimento de aproximadamente R$ 7 bilhões em energia solar.
Se todas as usinas solares forem construídas, os complexos podem gerar, juntos, até 2,1GW, o suficiente para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes. As obras devem começar a partir de janeiro do ano que vem, com previsão do primeiro complexo entrar em operação em janeiro de 2025. Para se ter uma ideia do tamanho do volume de investimento, Minas Gerais possui atualmente, 2,4 GW de potência instalada de geração de energia fotovoltaica, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), somando geração centralizada (730 MW) e geração distribuída (1,68 GW). Somente as usinas da Shell quase que dobram a capacidade instalada hoje no estado.
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Segundo recente estudo da Solar Power Europe, instituição que reúne 250 organizações do setor na Europa, o Brasil é o 5º mercado mais promissor em energia solar para os próximos cinco anos no mundo, atrás apenas de China, Estados Unidos, Índia e Alemanha. E Minas Gerais, líder nacional, é um dos protagonistas desse processo.
O governador Romeu Zema, além de comemorar a assinatura do protocolo, apresentou ao presidente da Shell Brasil, André Araujo, outras potencialidades na área energética consideradas estratégicas para o Governo de Minas.
“Além da energia solar, Minas Gerais tem outras oportunidades na área de geração de energia e captação de carbono. O estado tem a maior área reflorestada do Brasil e disponibilidade de 300 mil hectares para receber investimentos. Os aterros sanitários, com a geração do gás metano, pode ser outro nicho que a Shell poderá apostar em Minas”, elencou.
Ter potencial para a geração de energia renovável ajuda, mas não garante a atração dos investimentos. A questão tributária é um fator bastante relevante para este setor e, com a liderança do governador Romeu Zema, Minas Gerais vem cumprindo seu papel em oferecer condições especiais para que as usinas tenham viabilidade econômica. Neste sentido, ações da Secretaria de Estado da Fazenda também foram essenciais para garantir mais um grande investimento para Minas.
Em novembro de 2021, o Governo de Minas, por intermédio da Secretaria de Fazenda, também concedeu isenção do ICMS nas operações de importação de equipamentos e componentes para a geração de energia solar e eólica. A medida garante aos projetos instalados em território mineiro acesso a bons fornecedores de componentes, além dos que já existem no estado, melhorando a competitividade neste mercado. A isenção do imposto também alcança a própria saída da energia.