Share This Article
Apesar de estar longe de bater o recorde de poluição oceânica do mundo, “troféu” que vai para uma pequena ilha no Oceano Pacífico, o litoral norte do estado de São Paulo anda castigando muito sua biodiversidade marinha.
Só no ano de 2016, cerca de mil tartarugas morreram ao ingerir plástico no oceano da região – são três por dia! Os dados são do Instituto Argonauta, entidade sediada em Ubatuba, que se dedica a produzir pesquisas sobre conservação marinha. Em apenas um ano e meio de campanha de limpeza das praias, foram coletados 9,8 toneladas de lixo.
A organização faz o que pode, mas – sozinhos! – projetos não são capazes de combater toda poluição oceânica do mundo, já que as correntes marítimas acabam globalizando o problema, que não conseguirá ser resolvido localmente. Estudo estima que até 2050, o oceano terá mais plástico do que peixes. Dá para imaginar?
“Se levarmos em conta que o tempo de decomposição do plástico é de aproximadamente 400 anos, com essa poluição se repetindo a cada ano, o homem está causando um estrago praticamente irreversível ao meio ambiente. Se não pararmos já com isso, vamos liquidar de vez a vida marinha”, explica o biólogo João Alberto Paschoa do Santos.
Para tentar amenizar o problema, empresas compram a causa e adotam maneiras de utilizar esse plástico descartado indevidamente pelo homem – seja para fazer tijolo, tênis, roupas e até biquínis. Tem até marca investindo na produçução de embalagens comestíveis, que não fariam mal a animais marinhos ao serem ingeridas.
Mas o ideal mesmo seria o ser humano tomar vergonha na cara e parar de jogar lixo no meio ambiente, né?
Foto: Nemo’s great uncle/Creative Commons