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2,5 milhões. Esse é o número de pessoas que são vítimas de tráfico humano a cada ano no mundo, segundo dados da ONU. 80% são mulheres, escravizadas para atividades sexuais. Trata-se do crime mais lucrativo do mundo e combatê-lo requer a ajuda de todos os atores da sociedade.
Por isso, a OIM, Organização da ONU para Migrações, juntou-se à Microsoft, uma das maiores gigantes da tecnologia do mundo, para desenvolver a primeira plataforma global com informações sobre tráfico humano.
Trata-se de um banco de dados, disponível em software de código aberto e também num aplicativo gratuito, que reúne informações de mais de 17 mil casos de tráfico humano, em 123 diferentes países, investigados pela OIM.
A plataforma traz os perfis e relatos das vítimas desses casos, sem identificá-las, e também os perfis e relatos dos mais de 37 mil criminosos que foram presos por envolvimento nesses crimes entre os anos de 2005 e 2022.
“Trata-se de um marco na luta global contra o tráfico humano. Conseguimos fazer com que as vozes das vítimas e sobreviventes sejam ouvidas, sem expô-las, a fim de que governos e outras partes interessadas tenham informações estratégicas para adotar medidas progressivas de combate ao tráfico humano”, explicou Darren Edge, diretor de Pesquisas da Microsoft e líder do projeto.
“Ao garantir a privacidade das vítimas, mantendo a precisão dos dados que nos fornecem nas investigações, temos uma base de evidências compartilhadas que se constitui como uma potente ferramenta tecnológica na luta coletiva contra o tráfico humano”, finaliza Monica Goracci, diretora do Programa de Gestão de Migração da OIM.