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A realidade de deficientes visuais nunca fez parte do dia a dia de Shubham Banerjee, até que em 2014, com 13 anos de idade, o menino foi impactado por uma propaganda de uma organização que atuava com a causa. Curioso, perguntou aos pais como deficientes visuais faziam para ler e, não satisfeito com a resposta, foi para o Google pesquisar mais a respeito.
A busca rendeu indignação ao menino: como uma impressora braile poderia custar entre US$ 2 mil e US$ 50 mil, se mais de 90% dos deficientes visuais do mundo vivem em países pobres? Decidido a mudar essa realidade, Banerjee dedicou suas férias de verão a construir um protótipo de impressora braile de baixo custo, utilizando peças Lego que tinha em seu quarto e o conhecimento em programação em Java que já tinha adquirido na escola.
A ideia deu certo! Banerjee construiu a inovação, capaz de imprimir e-mails, mensagens de redes sociais, notícias e até livros em braile – e ainda ser carregada para qualquer lugar em uma mochila, facilitando bastante o dia a dia de deficientes visuais. Foi só apresentar a ideia na feira de ciências do colégio que o sucesso veio!
A invenção virou negócio e inspirou a criação da startup Braigo Labs Inc. – mistura dos termos ‘braile’ e ‘Lego’ em inglês. Em tempo recorde, a empresa de Banerjee – administrada com a ajuda dos pais – recebeu investimentos da Intel, transformando o menino no mais jovem empreendedor do mundo a receber capital de risco para investir em uma ideia.
Atualmente, além de comercializar o produto a US$ 500, a Braigo Labs Inc. possui um aplicativo que “traduz” qualquer objeto, imagem ou texto em áudio para os deficientes visuais, além de imprimir documentos em braile. Assim, basta o usuário fotografar o que quer enxergar que, em segundos, o app diz a ele, em áudio, do que se trata. Viva a inovação!