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Não importa se o voo é curto ou longo! O avião é considerado o meio de transporte mais poluente do mundo – por emitir grandes quantidades de CO2 na atmosfera e também por gerar toneladas de lixo enquanto está no ar -, mas essa má fama pode estar com os dias contados.
A Airbus, fabricante francesa de aeronaves, vem testando desde 2021 diferentes aeronaves para voar com combustível de aviação 100% sustentável. Primeiro foi um bimotor. Depois uma aeronave de corredor único. E agora a companhia foi capaz de decolar um A380, maior avião comercial do mundo, e mantê-lo no ar por 3 horas usando apenas combustível a base de óleos e gorduras usados, como o óleo de cozinha descartado, por exemplo.
A busca por maneiras de reduzir a pegada de carbono de seus aviões não é à toa. Desde janeiro de 2022, a França aprovou legislação que determina que todos os voos feitos em território nacional devem ter, pelo menos, 1% de combustível sustentável misturado ao querosene fóssil – principal combustível utilizado nesse tipo de transporte.
Internacionalmente, as empresas aéreas também já têm metas de redução e compensação de emissões de CO2, assumidas junto à OACI, a Organização da Aviação Civil Internacional. Ou seja, o assunto está ganhando cada vez mais visibilidade e pensar em formas de diminuir a pegada de carbono dos aviões virou questão de mercado.
Segundo a Airbus, o combustível de óleos e gorduras usados, testado com sucesso no A380, tem potencial para emitir de 53% a 71% menos CO2 durantes os voos, se comparado a aviões que voam com querosene fóssil. Ainda assim, a companhia não está satisfeita e segue se articulando com empresas parceiras para, até 2035, colocar no ar a primeira aeronave do mundo de zero emissão. O combustível? Eles pensam em hidrogênio, mas estudam também outras alternativas. Palpites?