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No ambiente dos aterros sanitários, cada mil toneladas de lixo é responsável pela geração de 50 mil litros de chorume – aquele líquido poluente que é produzido no processo de decomposição do lixo orgânico. Assustador, né? Mas tem mais: 1 litro de chorume é suficiente para contaminar 10 mil litros de água, o que torna imprescindível o tratamento de todo esse resíduo para que não haja contaminação ambiental.
Em aterros sanitários regulares, o chorume é tratado para virar “água suja comum” e, então, é jogado nas redes de esgoto locais. Mas e se todo esse líquido poluente pudesse virar água de reuso? O processo está sendo feito desde 2018, de forma pioneira, no aterro sanitário de Maceió, em Alagoas, que recebe diariamente todo o lixo produzido pela capital do Estado.
O chorume gerado lá é drenado do aterro por meio de sistema de tubulação subterrânea e encaminhado para tanques de tratamentos químicos e biológicos, onde – a partir de processos como nanofiltração e osmose reversa – é possível transformar o líquido em água limpa.
O processo, que é administrado pela empresa Estre Ambiental, garante a produção de 120 mil litros de água limpa por dia, que é encaminhada à Superintendência de Desenvolvimento Sustentável de Maceió para que possa ser utilizada como água de reuso nas atividades de zeladoria em áreas públicas da cidade. Entre elas, limpeza de calçadas e rega de plantas, o que garante que 120 mil litros de água potável seja poupada no município diariamente.
Considerada exemplo de sustentabilidade para o tratamento de resíduos, a iniciativa agora é estudada para ser implementada em muitas outras cidades do Brasil. Virou referência!