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Palmeira originária da Amazônia, rica em nutrientes como cálcio e ferro, o buriti já é bem conhecido no Brasil por ser usado pela indústria cosmética e alimentícia. Mas a estudante do Ensino Médio Ana Beatriz de Castro Silva, de apenas 17 anos, acaba de descobrir uma nova funcionalidade para a planta: ser matéria-prima para a produção de bioplástico.
Ana vive na cidade de Imperatriz, no Maranhão, onde a presença de buritis é frequente e, por influência de um professor, interessou-se pelos estudos sobre a palmeira que são feitos no laboratório de Biologia da universidade da região. Foi o primeiro passo para começar a pesquisar, por si mesma, as propriedades da planta.
Os estudos começaram em 2018 e levaram a jovem a descobrir compostos químicos no buriti que podem garantir a produção de três diferentes tipos de bioplástico. Com a casca e o caroço, que geralmente são descartados pelas indústrias cosmética e alimentícia, é possível fazer, respectivamente, bioplástico para revestimentos e produtos acrílicos. Já com a polpa é possível produzir um bioplástico mais fino e flexível, ideal para ser usado na produção de sacolas e insulfilm.
Pela descoberta, Ana já foi premiada na Febrace, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, que reconhece iniciativas criativas e inovadoras, e agora apresentará seu trabalho na Genius Olimpyad, uma olimpíada internacional que premia projetos ambientais desenvolvidos por jovens do Ensino Médio. Os finalistas ganham bolsas de estudo para investir em suas inovações. Boa sorte, Ana!
Assista, abaixo, vídeo em que ela explica mais sobre suas descobertas!