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As hortas urbanas de Curitiba estão recebendo caixas de colmeias do projeto Jardins de Mel, que desde 2017 espalha o objeto por parques, praças e zoológicos, entre outros pontos da capital paranaense. Já são dezenas de áreas de plantio com as charmosas “casinhas”. A iniciativa é um parceria das secretarias municipais de Segurança Alimentar e Nutricional e de Meio Ambiente .
O objetivo é tornar a população mais consciente sobre a importância das abelhas para o equilíbrio da biodiversidade do planeta. Mas, no caso das hortas, esses insetos também ajudam, por meio da polinização, a aumentar a qualidade e a produção das hortaliças plantadas pelos agricultores urbanos.
Nas hortas urbanas de Curitiba, três espécies de abelhas nativas sem ferrão – Jataí, Mirim e Mandaçaia – estão sendo criadas nos chamados “meliponários” ou “espaços com colmeias”. As casinhas são instaladas estrategicamente junto a muros e entre árvores e arbustos para estarem protegidas de variações climáticas.
Nas últimas semanas, agricultores urbanos das hortas que receberam as novas caixas de colmeias receberam capacitações técnicas para a fazer o manejo e manutenção das caixas de abelhas. Os produtores ainda aprenderam a como fazer a retirada de subprodutos como própolis, pólen e mel produzidos pelos insetos.
Um dos líderes da Horta Urbana do Cajuru, o autônomo Ezequias Moreira Lima, de 52 anos, participou do curso de capacitação para manejo das colmeias e está muito entusiasmado com os benefícios da iniciativa. “Não vejo a hora de ver essas abelhas circulando livremente entre pés de alface, couve, brócolis e manjericão”, afirma ele.
Mais conhecido como “Baiano”, Lima garante que participar da capacitação foi um duplo prazer. “Além de ajudar a cuidar das abelhas, eu também estou me sentindo voltando no tempo, quando morava no interior e ajudava no plantio no sítio. Lá, a gente tinha contato com essas abelhas e a gente sabia da importância delas para a lavoura”, recorda ele.
Lima acredita ainda que a chegada do projeto Jardins de Mel na Horta do Cajuru deve atrair mais crianças e adultos ao espaço de cultivo, que hoje conta com cerca de 25 produtores. “Vamos divulgar no bairro que agora temos a colmeia e convidar todos a vir vê-la”, disse.
Foto: Hully Paiva/SMCS