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A chegada da pandemia de COVID-19 e a histórica seca de 2021 foram dois fortes impactos no setor elétrico brasileiro que irão reverberar por vários anos no bolso dos consumidores.
No último dia 15 de março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou em R$ 10,5 bilhões o valor do novo empréstimo emergencial para socorrer o caixa das empresas do setor, as quais já haviam recebido uma ajuda de R$ 14,8 bilhões em 2020.
Ambos serão pagos parcialmente pelos consumidores por meio de novos encargos na conta de luz, que acumulou alta de 28,52% nos últimos doze meses, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no começo de abril.
Essa inflação energética histórica é resultado dos pesados reajustes das tarifas das distribuidoras e do acréscimo de bandeiras tarifárias, sistema que contou com uma categoria extra mais cara em 2021 (bandeira escassez hídrica) e que, neste ano, deve ter alguns de seus valores ajustados acima de 50%, conforme proposta anunciada pela Aneel.
Solução está no sol
É neste momento de insegurança no custo de um item de consumo essencial no dia a dia que cada vez mais brasileiros apostam na tecnologia dos painéis fotovoltaicos para gerar a própria energia elétrica em suas casas ou empresas a partir da luz do sol.
Com a ajuda de financiamentos de energia solar, consumidores de todo o país estão conseguindo instalar seu sistema fotovoltaico e ingressar no segmento Geração Distribuída (GD), que segue batendo recordes anuais consecutivos na sua capacidade instalada.
Segundo levantamento dos dados da ANEEL, a capacidade instalada de GD passou de 5,1 GW em 2020 para quase 9,3 GW em 2021, dos quais 98% provêm apenas de sistemas de energia solar. Somente no primeiro trimestre de 2022, foram 119.600 novas instalações fotovoltaicas no Brasil, número 43% maior que o do mesmo período em 2021.
Movida pela luz do sol, a tecnologia apresenta viabilidade em todo o país e se tornou a favorita dos consumidores também pelas suas diversas vantagens, como os mais de 25 anos de vida útil e facilidade de manutenção, como a limpeza das placas solares.
Os sistemas podem ser dimensionados para atender qualquer nível de consumo, o que resulta em até 95% de economia na conta de luz e um retorno do investimento entre 4 e 6 anos, prazo atraente e que melhora a cada novo aumento do preço da energia no país.
Com a publicação da Lei 14.300/22, novo marco legal da GD no país, o momento também se tornou crucial para quem ainda não ingressou no segmento, mas deseja fazer parte do atual sistema de compensação de energia elétrica criado pela ANEEL.
A lei garante que, no prazo de um ano desde a data de sua publicação, qualquer novo projeto homologado junto à distribuidora fará parte das regras inaugurais da GD até o final de 2045.