Share This Article
Ficou mais barato instalar um sistema de energia solar residencial ou comercial durante o primeiro semestre deste ano e o setor novamente registra recorde no número de conexões no país.
Segundo o último estudo da empresa Greener, os preços para cliente final de geradores para casas e pequenas empresas (entre 2 e 30 kWp) tiveram leve queda em comparação ao mesmo período do ano passado.
O estudo também mostra que, nos últimos 5 anos, o custo para instalar um sistema fotovoltaico residencial de pequeno porte (4 kWp), incluindo o painel solar e a mão de obra, caiu 44%.
Os preços mais acessíveis são um dos fatores que levam mais brasileiros a apostarem nos geradores a cada ano como uma alternativa às altas tarifas das distribuidoras.
Os sistemas podem gerar toda a energia consumida em uma casa ou empresa apenas com a luz do sol, a mais abundante das fontes de energia renováveis no país e o que permite grande retorno com a tecnologia em qualquer região. A economia pode chegar a 95% da conta todo o mês.
Desde 2012, ano em que a Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, regulamentou a Geração Distribuída, o número de novas instalações no país não parou mais de crescer e ganhou força nos últimos anos devido aos fortes aumentos na conta de luz.
De acordo com os dados de GD da Aneel, o país registrou 156.496 novas conexões de energia solar no primeiro semestre de 2021, cerca de 57% a mais em comparação ao mesmo período de 2020 e um salto de 251% em relação a 2019.
O bom momento do mercado também é reflexo de um setor elétrico brasileiro em crise, impactado pela pandemia e que, agora, vê a pior seca dos últimos 91 anos levar os níveis dos seus reservatórios a níveis alarmantes.
Como resultado, o governo vem utilizando mais as termoelétricas e o custo da geração elétrica (e suas emissões) no país vai às alturas, resultando até mesmo em uma nova e cara bandeira, a de crise hídrica.
Com esse cenário de novos aumentos pela frente, a previsão é que a capacidade instalada da geração solar distribuída, atualmente em 6,9 Gigawatts, ainda cresça muito no Brasil.
Conforme os dados apresentados no Plano Nacional de Energia 2050, elaborado pelo governo por meio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até lá o país pode atingir 42,5 GW de solar GD.
