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1,3 bilhão de toneladas. Essa é a quantidade de comida (boa) que é jogada, todos os anos, no lixo, segundo estimativa da ONU. Enquanto isso, 1 em cada 9 pessoas (ainda) passa fome no mundo. Indignante, para dizer o mínimo, não?
Na França, o governo está se mobilizando para reduzir todo esse desperdício de comida: a partir de julho de 2016, todos os supermercados do país, com mais de 400 m², estarão proibidos de jogar no lixo alimentos que não foram vendidos, mas ainda podem ser consumidos.
Segundo emenda de Lei aprovada, por unanimidade, pela Assembleia Nacional, os supermercados deverão doar esses alimentos para instituições de caridade ou, ainda, para empresas dedicadas à fabricação de adubos ou alimentação animal. Se não cumprirem a medida, as empresas estarão sujeitas a multas de até 75 mil euros e seus responsáveis podem pegar até dois anos de prisão.
Enquanto isso, no Brasil, é comum o consumidor se deparar com cenas de funcionários de supermercados descartando no lixo comida boa. É que nossa legislação não possui texto específico que regule a distribuição de alimentos por empresas. O assunto só consta nos códigos Civil e Penal, que determinam que “qualquer dano causado aos receptores de alimentos doados será de responsabilidade de quem os doou”. Com medo de processos, a maioria das empresas opta por jogar os alimentos no lixo.
Já passou da hora de mudar isso, não Brasil?
Foto: U.S. Department of Agriculture/Creative Commons
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