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O adolescente Daniel Ribeiro, desde os 15 anos, usa sua flauta transversal para amenizar momentos de dor e tristeza de pacientes internados na UTI do Hospital Beneficência Portuguesa, em Santos, no litoral de São Paulo.
Daniel faz esse trabalho voluntário porque, “não faz sentido usar o dom da música só para ganhar dinheiro. É preciso trazer conforto. A música traz paz para quem a ouve.” Segundo ele, é emocionante ver a expressão dos pacientes, médicos e funcionários, enquanto toca. Mas não só: a atividade também faz muito bem para ele mesmo.
A ação voluntária começou quando a avó dele, Maria Pupo Ribeiro, de 88 anos, precisou ser internada no hospital. Ela já estava há quase dois meses na UTI. “Minha avó sempre foi minha apoiadora, gostava bastante quando eu me apresentava em Itanhaém. Como ela não pode mais ir, eu vim até ela para tocar”, lembra o jovem, que toca flauta desde os 4 anos por influência do pai.
Percebendo que o som da flauta fazia bem para a senhora, a equipe médica pediu para Daniel se apresentar para os outros pacientes. “Foi uma porta que Deus abriu pra mim”, agradece.
O médico cardiologista e coordenador de UTI, Philipe Saccab, é um grande incentivador do trabalho do adolescente. “Sabemos de inúmeras técnicas usadas há milhares de anos, mas que são pouco aproveitadas em ambiente de terapia intensiva. A música é uma delas. Quando vi o Daniel tocando para a avó, aquilo me tocou também. Percebi que poderíamos fazer mais pelos pacientes.”
