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A Opas, Organização Pan-Americana da Saúde, escolheu o Instituto de Tecnologia Bio-Manguinhos da Fiocruz para atuar no desenvolvimento e produção de vacinas de mRNA contra a COVID-19. Um segundo centro de referência na Argentina também foi eleito pela entidade para trabalhar em parceria.
A vacina de mRNA trata-se de uma vacina inovadora que, basicamente, transfecta moléculas sintéticas do químico natural RNA em células humanas, a fim de que produzam uma resposta imune a vírus. O objetivo da iniciativa é ampliar o combate à COVID-19 na América Latina e já avançar em estudos referentes a desafios futuros ligados a outras doenças infecciosas.
Durante o anúncio da parceria, a Opas destacou que a Fiocruz “tem uma longa tradição na fabricação de vacinas e tem feito avanços promissores no desenvolvimento de uma vacina de mRNA inovadora” para combater o coronavírus. Já na Argentina, a Opas escolheu uma biofarmacêutica do setor privado, a Sinergium Biotech, por sua experiência na produção e desenvolvimento de vacinas e de medicamentos com biotecnologia.
Ao fazer o anúncio, o diretor-assistente da Opas, Jarbas Barbosa, declarou que existe muito trabalho pela frente, mas que a agência tem a “convicção de que esse esforço resultará num acesso às vacinas nas Américas que é oportuno e justo”, uma vez que a região é uma das mais impactadas pela pandemia.
Ele revelou que já foram registrados mais de 88 milhões de casos de COVID-19 nas Américas, sendo que 2,1 milhões deles resultaram na morte dos pacientes. Segundo Barbosa, a distribuição do imunizante continua sendo desigual, com poucos países alcançando a meta de vacinar, ainda neste ano, 40% de sua população.
Com informações de ONU News