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Quem vê a jardineira agroecológica Mafê Verdiani, 39 anos, em ação, com tanta intimidade entre as plantas, logo imagina que ela nasceu em um sítio do interior. Nada disso. Até 2018, Mafê levava uma vida de alta executiva de multinacional, com salário alto e frequentes viagens internacionais.
“Quando decidi fazer a transição de carreira, era diretora para América Latina de uma multinacional, com sede em Londres. Tive a oportunidade de atuar em muitas áreas, trabalhando com varejo alimentar, de moda e farmacêutico. Até 2018, eu liderava equipes em 6 países. Em função disso, viajava muito”, conta Mafê. Entretanto, em 2016, a ex-executiva foi diagnosticada com uma doença autoimune que tem o stress como principal gatilho e, com isso, várias de suas escolhas foram repensadas. Mas foi só em 2018, quando a empresa passou por uma mudança drástica de gestão na região, criando um ambiente muito tóxico, com assédios e desrespeito constante, foi quando Mafê tomou atitude e largou sua então principal função.
O contato com as plantas e o jardim foi fundamental para o resgate e o processo de reconexão com suas prioridades. “Eu via todos os dias as pessoas ao meu redor sendo hospitalizadas ou medicadas por síndrome do pânico, crises de ansiedade, depressão e eu não queria esperar isso acontecer comigo”, explica a ex-executiva, que Levou algum tempo para perceber e entender que também estava adoecida.
O contato com a terra, com os tempos e processos da natureza, mostram que é preciso desacelerar e entender o ritmo real das coisas. Essa conexão deixa claro que é preciso muito menos para ser feliz. Foi então que decidiu mergulhar em uma transição profissional, trocando escritórios, ternos, reuniões pela jardinagem, paisagismo, herbalismo, agroecologia, permacultura e sustentabilidade. Atualmente Mafê conclui o Curso Superior Tecnológico em Agroecologia pela Unimar e se especialisa em Design para Sustentabilidade e Regeneração pelo Gaia Education.
“As plantas sempre foram meu refúgio e o que eu buscava quando queria me reconectar comigo, com a minha essência e me trazer para o momento presente. Assim, as unhas longas e sempre feitas deram lugar a unhas curtinhas; a bolsa cheia de maquiagem e documentos deu lugar às ferramentas e sementes e de um coração angustiado, brotou um coração verde que espalha plantas por onde passa”, se orgulha.
Hoje a principal fonte de renda de Mafê éé desenhar e implementar jardins medicinais, comestíveis e hortas, em pequenos espaços. Seu prazer está em ensinar pessoas a plantarem seu alimento e seu remédio e a cuidarem melhor de seus cantinhos verdes e facilitando a transição para hábitos mais sustentável.
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