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Hoje, milhões de pessoas ao redor do globo já produzem a sua própria energia por meio de painel solar próprio, mas apenas um único projeto instalado no maior deserto do mundo poderia suprir todo o consumo mundial.
Segundo o professor e PhD em matérias nucleares Mehran Moalem, em entrevista concedida para o site da revista americana Forbes, seria possível atender toda a demanda elétrica do planeta com apenas 1,2% do território do Saara coberto por placas fotovoltaicas.
Moalem explica que a extensão territorial do deserto, em conjunto com seus fatores climáticos únicos, torna o Saara o local perfeito para a instalação de uma usina solar fotovoltaica mundial.
Afinal, energia do sol é o que não falta no Saara. Segundo os cálculos da NASA, a forte e longa incidência solar diária no deserto entrega cerca de 2 a 3 kilowatts-hora de energia por m².
Dessa forma, Moalem calcula que um espaço de 355 km² do deserto, que se estende por mais de 9 milhões de km², seria suficiente para gerar 17,4 Terawatts de energia, equivalente ao consumo elétrico da população do planeta em 2018.
Mesmo com o potencial da fonte solar e a viabilidade das placas solares, no entanto, o especialista alega que o projeto ainda enfrentaria várias barreiras.
A primeira delas seria o dinheiro necessário para a construção da usina de dimensões faraônicas, que teria um custo total aproximado de 5 trilhões de dólares.
Uma vez que tal projeto dificilmente deve sair do campo teórico, mais pessoas a cada ano investem no seu painel solar como forma de economizar os gastos e, de quebra, contribuir para a sustentabilidade do nosso planeta.
No Brasil, por exemplo, mais de 600 mil consumidores já aproveitam a energia produzida pelo sol, especialmente consumidores residenciais cansados das altas contas de luz, e os quais encontram na fotovoltaica a solução perfeita de como economizar energia em casa.
Com a crise do setor elétrico causada pela pandemia do covid-19 e os novos aumentos nas faturas previstos para os próximos anos, sem contar as incessantes bandeiras tarifárias, o cenário é alarmante e mais consumidores são esperados entre os proprietários de telhados solares no país.
De acordo com o último Plano Decenal de Expansão de Energia, elaborado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), até 2030 esse público da energia solar no Brasil pode chegar a 3 milhões de consumidores.