Share This Article
Com 16,4 Gigawatts de capacidade instalada em todo o país, a energia solar fotovoltaica acaba de se tornar a terceira maior fonte na matriz elétrica brasileira, segundo levantamento da Absolar, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.
Essa nova marca da fotovoltaica é atingida dez anos após a tecnologia começar a se desenvolver no país, primeiramente em projetos de Geração Distribuída (GD), segmento iniciado em 2012, e mais tarde em grandes usinas solares para Geração Centralizada (GC).
Hoje, as instalações de placa solar em telhados de casas, empresas e indústrias acumulam 11,3 GW de capacidade, enquanto as usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) totalizam 5,1 GW de potência.
A soma dessas capacidades ultrapassou a de termelétricas a gás natural e biomassa, levando a energia fotovoltaica ao terceiro lugar da matriz elétrica do país. Agora, a tecnologia fica atrás apenas das energias eólica e hídrica, que ocupam o segundo e primeiro lugar, respectivamente.
Desde 2012, a energia solar já trouxe mais de R$ 86 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 479 mil empregos, segundo a Absolar. Como fonte de energia renovável, ela também evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na produção de eletricidade.
Embora a tecnologia fotovoltaica tenha ocupado a nova posição na matriz elétrica com pouca diferença para a capacidade de termelétricas, os representantes do setor se mantêm animados devido ao forte crescimento da energia solar no país, especialmente em projetos de geração distribuída.
Somente no primeiro semestre de 2022, foram mais de 2,5 GW de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, segundo os dados de GD da Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica.
A rápida expansão da tecnologia entre os brasileiros é reflexo dos altos preços da energia elétrica no Brasil, que continuam subindo devido às crises hídricas e déficits do setor elétrico.
Outra motivo foi o aumento da oferta de linhas de financiamento de energia solar, que facilitam o sonho da geração própria para quem não possui o capital inicial disponível para instalação do seu projeto.
O mercado também ganhou impulso neste ano com a aprovação do novo marco legal da GD no Brasil, a Lei 14.300, sancionada em janeiro para garantir regras para quem já instalou ou vai instalar seu painel solar.
Na prática, as empresas e consumidores que instalarem seu sistema de energia solar ainda em 2022 ficarão isentos das cobranças previstas pela nova lei até 2045, ou seja, pelos próximos 23 anos.