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Um estudo realizado pela consultoria Volt Robotics a pedido da Absolar, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, mostra que os investimentos de consumidores em sistemas de energia fotovoltaica podem atingir R$ 86,2 bilhões nos próximos dez anos.
Segundo a estimativa da Absolar, isso deve trazer um alívio de R$ 34 bilhões nos custos do setor elétrico brasileiro, o que por sua vez resultaria em uma redução de 5,6% na conta de luz de todos os brasileiros até 2031.
A lógica é simples: com mais pessoas e empresas gerando a própria energia no país a partir do seu painel solar, diminui-se a demanda pela energia da rede elétrica nacional, oriunda na maior parte das hidrelétricas, que sofrem com os períodos de seca cada vez mais intensos.
Dessa forma, também se reduz a necessidade por usinas termoelétricas, fontes de energia poluentes que precisam ser acionadas quando os reservatórios atingem níveis de alerta, como aconteceu em 2021 durante uma das piores crises hídricas ocorridas no Brasil.
Com menos termoelétricas sendo usadas, também se diminuiria a aplicação das temíveis bandeiras tarifárias, que sofreram pesados reajustes no final de junho. Segundo a Absolar, a energia fotovoltaica poderia reduzir em cerca de 60% o acionamento de bandeira vermelha na conta de luz dos brasileiros até 2031.
Iniciado em 2012, o segmento de Geração Distribuída (GD) cresce constantemente no Brasil, especialmente a partir das instalações de sistemas fotovoltaicos, que contam com diversas vantagens, como a vida útil de 25 anos do painel solar, e que ficaram mais acessíveis graças à oferta de linhas de financiamento de energia solar.
Hoje, já são quase 1,5 milhão de consumidores no país gerando a própria energia pela luz do sol por meio dos micros e minigeradores de energia solar, os quais totalizam mais de 11,7 GW de capacidade instalada, de acordo com os dados da Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica.
Até 2031, a estimativa oficial é de que esse número mais que triplique e chegue a aproximadamente 37,2 GW, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia, produzido pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa de Pesquisa Energética.