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Quando Trump foi eleito, um balde de água fria caiu nos acordos climáticos dos Estados Unidos. O homem que não acredita em aquecimento global deixou claro, desde o começo de sua campanha, que a luta pelo meio ambiente não seria uma prioridade em seu governo. As afirmações se concretizaram quando o presidente anunciou a saída do país do Acordo de Paris – acordo internacional que visa reduzir às emissões globais de CO2.
Eis que fomos surpreendidos novamente! A liderança de Trump causou o efeito reverso e, na verdade, mobilizou as pessoas de forma genuína para a questão das mudanças climáticas. Na 23ª Conferência do Clima da ONU, que aconteceu em 2017, lançou-se a America’s Pledge, uma aliança público-privada que reúne cidadãos, empresas e governos dispostos a atingir as metas com as quais os Estados Unidos se comprometeu em Paris, independente das ações de Trump. E, aos poucos, o grupo está avançando na sua missão — apesar dos pesares.
Com base em estimativas preliminares, o Grupo Rhodium, conhecido por pesquisas internacionais, afirmou que as emissões de CO2 dos EUA diminuíram cerca de 1%, graças a mudanças realizadas no setor de energia. Segundo a entidade, o carvão perdeu terreno no país para outras fontes energéticas. O crescimento da geração solar, eólica e hidrelétrica o colocou em segundo plano, junto com o gás natural.
Para se ter uma ideia, entre janeiro e outubro de 2017, a produção de carbono e gás natural caiu em 138 milhões de quilowatts-hora (kWh) em relação ao mesmo período do ano anterior — e a geração renovável aumentou em 75 milhões de kWh.
A conquista (claro!) está sendo muito comemorada na terra do tio Sam, mas ainda há um longo caminho pela frente: para atingir a meta que se comprometeu no Acordo de Paris, os Estados Unidos precisam, nos próximos 8 anos, reduzir anualmente entre 1,7% e 2% suas emissões relacionadas à energia. Vamos que dá, time!
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Foto: geralt/Creative Commons