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Em mais uma edição do evento Diálogos Interativos sobre Harmonia com a Natureza, promovido anualmente pela ONU por conta do Dia Internacional da Mãe Terra, brasileiros foram convidados para contar sobre iniciativas ambientais que já foram implementadas com êxito em nosso país, inspiradas em práticas indígenas, e hoje são consideradas referências para serem replicadas mundo afora.
“São projetos que comprovam como a atuação local pode servir de modelo para o mundo depois de aplicada com bons resultados em seu território”, disse Abdulla Shahid, presidente da Assembleia Geral da ONU, aos representantes dos Estados-Membros da organização, antes do início das apresentações.
A primeira delas foi feita pela advogada Vanessa Hasson, diretora da ONG Mapas, que apresentou a Escola do Bem Viver, uma “escola viva”, implementada na cidade de Bertioga, em São Paulo, que oferece ensino a crianças de Educação Infantil e Fundamental.
“Trata-se de uma iniciativa que busca oferecer às pessoas a possibilidade de se reconectar com os demais membros da natureza, a partir de vivências naturais e práticas artísticas que nos levam a raciocinar do coração e para o coração sobre o que é o bem viver, resgatando o conceito de vida em harmonia com a natureza“, explicou Hasson.
Segundo ela, a iniciativa foi construída a partir de uma metodologia replicável, que até o final de 2022 chegará a outros territórios latino-americanos onde estão sendo debatidos os direitos da natureza, bem como a um país europeu.
Já a segunda apresentação ficou por conta de Marcos José de Abreu, vereador de Florianópolis, em Santa Catarina, que compartilhou a respeito do processo de aprovação de uma emenda legislativa no município que passou a considerar a Terra como um ‘sujeito de direitos‘ e não apenas um ‘recurso‘.
“É importantíssimo abordar esse paradigma em leis municipais, estaduais e federais, assim como em legislações pelo mundo. Trata-se de um entendimento vindo de populações tradicionais, como as indígenas, de que a natureza não é só um bem a ser explorado, não é só um recurso, mas a natureza é um sujeito: ela tem formas de vida. Estabelecer isso em termos jurídico-legais é muito potente para combater a exploração insustentável de recursos naturais“, explicou ele.
Assista abaixo às apresentações de Vanessa Hasson e Marcos José de Abreu na ONU.
Com informações de ONU News