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Apesar de ter batido mais um recorde negativo em 2021, tendo liberado 562 novos agrotóxicos – um aumento de 14% em relação ao ano anterior -, o Brasil tem sim alguns motivos para comemorar quando o assunto é o setor da agricultura.
Na última década, o número de produtores orgânicos cadastrados no país quadruplicou, provando que, apesar dos esforços do governo em permitir cada vez mais veneno no prato dos brasileiros, os consumidores seguem no movimento contrário, procurando por alimentos saudáveis, o que impulsiona o segmento.
Em 2012, o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos do Governo Federal contava com cerca de 4,9 mil produtores cadastrados. Atualmente, o número é de mais de 26,6 mil. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, esse montante pode ser ainda maior, uma vez que, desde 2007, quando entrou em vigor decreto que regulamenta a produção de orgânicos no país, há muitos produtores que lutam para atender a todas as normas da legislação e, assim, poder se cadastrar no sistema oficial.
O crescimento acompanha o cenário global. De acordo com pesquisa da BCC Research, o mercado de alimentos e bebidas orgânicos deve crescer 11,5% até 2024, em comparação ao ano de 2020, movimentando mais de US$ 211 bilhões.
A pergunta que não quer calar é: se tudo aponta para o caminho dos orgânicos, por que o governo insiste em ir na direção contrária, liberando cada vez mais agrotóxicos ano a ano? Lamentável!