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O desenho animado Pica-Pau marcou a infância da maioria das pessoas no mundo inteiro! Sempre travesso, a ave cativou gerações a fio. Mas o animal que inspirou as animações não teve tanta sorte: depois de procurar um espécime por mais de 80 anos, sem sucesso, cientistas declararam sua extinção. O último registro existente da ave é de 1944, no Estado de Louisiana, nos Estados Unidos.
Muito comum no país e também em Cuba, a ave cativou diversos profissionais que dedicaram suas vidas com a esperança de encontrá-la. Apesar de alguns registros, nenhum pode ser confirmado cientificamente. Isso porque os comuns pica-paus-de-penacho-vermelho podem ser confundidos com os pica-paus-bico-de-marfim, como o do desenho, pois possuem o mesmo tamanho e são muito parecidos. De acordo com registros históricos, essas aves precisavam de áreas vastas de mata virgem com árvores de grande porte (principalmente árvores mortas) para sobreviver – o que hoje é praticamente inexistente no Hemisfério Norte.
Junto com o pica-paus-bico-de-marfim, outras 21 espécies de pássaros, peixes, mexilhões e outros animais selvagens foram declaradas extintas pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos. Cada uma das 23 espécies declaradas extintas tinha seus próprios requisitos para conseguirem sobreviver e, em algum momento, a cadeia de sobrevivência falhou. Mas, se trabalharmos a consciência ambiental e evitarmos mais destruição à natureza, podemos evitar tantas outras espécies hoje fadadas à extinção.
“Os anúncios de extinção também destacam como a atividade humana pode levar ao declínio e desaparecimento de espécies, contribuindo para a perda de habitat, uso excessivo de recursos naturais e a introdução de espécies invasivas e doenças. Os impactos crescentes das mudanças climáticas são esperados para exacerbar ainda mais essas ameaças e suas interações”, disse a agência, em nota pública.