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A situação não está fácil nos oceanos e diversas espécies de tartarugas marinhas estão ameaçadas mundo afora, correndo inclusive risco de extinção. Para ter uma noção do tamanho do problema, apenas no litoral norte de São Paulo, cerca de mil tartarugas morrem todos os anos por conta do lixo que é descartado indevidamente nas praias. Na tentativa de ajudar a amenizar a situação, pesquisadores adotam novas formas de monitorar (e assim tentar proteger) esses animais.
Na Universidade Duke e na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, os cientistas começaram a usar drones para contabilizar as tartarugas que estão ameaçadas ao longo da Costa Rica. Antes de adotar a tecnologia, os pesquisadores faziam a contagem apenas quando os animais iam para as praias para colocar ovos. Os grandes intervalos de tempo, no entanto, dificultavam demais os estudos.
Equipados com câmeras de alta resolução, com visão em infravermelho, os drones voam cerca de 300 pés acima do Refúgio Nacional de Vida Selvagem Ostional. A altura é ideal para que os pesquisadores visualizem amplamente a área, mas ao mesmo tempo consigam observar com nitidez as tartarugas na água.
Trata-se do primeiro caso do mundo em que drones são usados para monitorar tartarugas marinhas – mas, pelo sucesso da experiência, não deve ser o último. No pico da temporada, por exemplo, os cientistas avistaram cerca de 2,1 mil tartarugas marinhas por quilômetro quadrado na região – um número que não chegava nem perto do estimado por eles antes de terem drones. A tecnologia a favor do meio ambiente – e que continue assim!
Foto: StockSnap/Pixabay