Share This Article
Um menino que não resistiu à travessia de barco e acabou morto, de barriga para baixo, em uma praia. A dor de seu pai cortou o coração de muitos. Outro garoto todo sujo e machucado, sentado em uma cadeira, em meio a um dos conflitos, desacreditado de que havia perdido toda a família. Algumas das imagens emblemáticas que mostram a participação das crianças nessa (cruel) crise de refugiados no mundo.
A realidade dessas crianças é dolorida – tortura, mutilação, prisão, abusos sexuais, mortes… Nas palavras do próprio Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, “em lugares como o Iraque, Nigéria, Somália, Sudão do Sul, Síria e Iêmen, as crianças vivem um verdadeiro inferno”. E acredite: elas são muitas.
No total, 250 milhões de crianças vivem em regiões impactadas pela guerra e 30 milhões foram deslocadas por conta de conflitos, o que significa que mais da metade dos refugiados do mundo não são adultos (e, portanto, deveriam ter seus direitos ainda mais assegurados pela sociedade).
“Armas explosivas foram responsáveis por quase 44 mil mortes e lesões no ano passado. Quando usadas em áreas densamente povoadas, nove em cada 10 vítimas eram civis. Todas as partes do conflito devem se comprometer a proteger as crianças, alterando a maneira como as guerras são travadas, incluindo a proibição do uso de armas explosivas em áreas povoadas’’, ressaltou Ban Ki-moon.
Foto: European Commission DG ECHO/Creative Commons