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Sabe aquelas peças de roupa que são vendidas por pechinchas no comércio? Muito provavelmente, elas foram confeccionadas à custa de muito sofrimento infantil – afinal, em algum momento do processo o fabricante precisa ter lucrado para conseguir vendê-las tão barato.
A mais nova denúncia sobre o assunto foi feita pela entidade internacional OverSeas Development Institute, que divulgou relatório em que aponta que cerca de 3 mil crianças trabalham em condições desumanas na cidade de Dhaka, capital de Bangladesh.
Com idade entre 6 e 14 anos, os pequenos ficam em seus locais de trabalho, em média, 64 horas por semana (mais de 12 horas por dia!) para ganhar menos de 2€. O estudo cita, inclusive, casos de crianças que ficam 110 horas por semana na labuta – e, como consequência, além de serem privadas de sua infância e educação, relatam problemas de saúde, como fadiga extrema, dores nas costas, febre e feridas na pele.
Com o que trabalham? Confeccionando roupas que, muito provavelmente, estão expostas em lojas que todos nós conhecemos. Isso porque o relatório apontou que 2/3 das meninas e cerca de 15% dos meninos atuam na indústria têxtil, produzindo roupas que são exportadas a preços baixíssimos pro mundo todo – inclusive pro Brasil.
O governo de Bangladesh até se pronuncia sobre o assunto, mas as declarações não são nada animadoras. Segundo ele, o país tem leis contra o trabalho escravo infantil, mas faltam pessoas para fiscalizar e fazer com que sejam cumpridas.
Confira aqui o relatório na íntegra, em inglês. Mais uma prova de que sim, em pleno século 21, a escravidão ainda faz vítimas. E não são poucas. 🙁
1 Comment
Wesley Maia
“O feio trabalha, para o bonito comer”.