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Roupas de algodão? PET? Seda? E… de chá fermentado, por que não? A professora Young-A Lee, da Universidade Estadual de Iowa, está fazendo sucesso por produzir roupas com celulose em gel extraída do kombucha, famoso chá fermentado (e, diga-se de passagem, com diversos benefícios à saúde). A pesquisadora desenvolveu uma técnica que transforma o material em couro vegetal.
A pesquisadora, claro, dá uma contribuição e tanto ao fim das práticas de crueldade animal na indústria do couro com sua descoberta, mas essa não foi sua principal motivação. Lee queria acabar com o desperdício. A indústria da moda produz uma infinidade de acessórios e roupas de couro, que com o tempo se deterioram e geram mais lixo no mundo. A pesquisadora desenvolveu, então, um material semelhante – só que mais resistente e biodegradável.
O baixo impacto ambiental é a real vantagem do couro vegetal que recebeu ajuda da Agência de Proteção Ambiental para ser pesquisado. Não há químicos pesados em sua produção e os resíduos são renováveis. O resultado, segundo Lee, “é muito melhor que couro animal”.
A pesquisadora e sua equipe, no entanto, têm muito o que trabalhar antes de tonar o material efetivamente viável para a indústria fashion. Se molhado, o tecido amolece, e no extremo frio ele pode endurecer até o ponto de perder seu brilho. Aí dá ruim, né?
Mais importante do que criar alternativas para a moda, é educar aqueles que fazer parte dela e mostrar que couro não é legal. A famosa marca Prada foi alvo de muitas críticas após a denúncia da utilização de filhotes de avestruz para produzir acessórios. Enquanto isso, Giorgi Armani anuncia fim do uso de peles de animais em todos os produtos de sua marca. Se procurarmos bem, temos cada vez mais bons exemplos para nos inspirar…