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Na cidade de Cabo Delgado, em Moçambique, as taxas de insegurança alimentar – e, sobretudo, de desnutrição infantil -, que chegaram a níveis alarmantes desde o início da pandemia de COVID-19, estão finalmente apresentando redução graças à iniciativa da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que passou a capacitar mulheres da própria comunidade para atuarem na questão.
Utilizando sementes de hortaliças e ferramentas agrícolas fornecidas gratuitamente pelo projeto da ONU, as moçambiquenhas aprendem a cultivar hortas caseiras e, de seus frutos, produzir refeições mais nutritivas para a comunidade – e sobretudo para as crianças.
Mais de 6 mil mulheres já foram capacitadas – a maioria delas, segundo a ONU, nunca havia tido nenhum tipo de contato com informações a respeito de cultivo de hortas, alimentação nutritiva e práticas de higiene.
Durante a capacitação, as mulheres ainda são incentivadas a levar o conhecimento adquirido adiante, para seus familiares e vizinhos, garantindo que cada vez mais pessoas dentro da comunidade possam ser aliadas no combate à fome.
Entre os melhores resultados do programa, segundo a ONU, está a preparação de um mingau nutritivo, feito à base de farinha de moranga, que está garantindo a sobrevivência de bebês recém-nascidos, bem como das crianças de até cinco anos da comunidade. Isso porque Cabo Delgado é a cidade de Moçambique que apresenta as maiores taxas de desnutrição infantil de todo o país – motivo pelo qual, inclusive, a FAO decidiu iniciar seu programa de capacitação com mulheres dessa comunidade.