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Recentemente, o Papa Francisco divulgou a Carta Laudato Si – ou Encíclica Ecológica -, em que pedia com urgência um diálogo sobre o meio ambiente e o controle das emissões de gases de efeito estufa no planeta. Os temas abordados pelo pontífice foram discutidos durante o Fórum de Mudanças Climáticas e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no Rio de Janeiro.
O evento foi marcado por discussões em relação aos desafios de unir diferentes religiões em prol da preservação de um bem comum, o planeta Terra. “Os discursos e orientações das igrejas podem ser voltados de uma forma muito especial para chamar a atenção do ser humano para o cuidado ambiental. E nesse sentido, as igrejas, sobretudo as de origem judaico-cristã, estão dialogando com o primeiro capítulo do Gênesis, quando Deus depois de criar o mundo pede que o homem preserve, cuide e guarde a obra criada”, explica o Pe. Ari Antônio dos Reis, assessor das Pastorais Sociais da CNBB.
Ele complementa falando da necessidade das igrejas mudarem o foco dos discursos ideológicos e investirem em planos de ações: “Há uma necessidade de revisão dessas práticas e também a proposição da construção de outros caminhos, de outras práticas no sentido da preservação, do cuidado do nosso planeta, da nossa casa comum”, completa.
Neste ano, lideranças de 12 comunidades religiosas assinaram no Rio de Janeiro a Declaração Fé no Clima, posicionando um consenso sobre as mudanças climáticas. O documento é uma contribuição informal do segmento religioso brasileiro à 21ª Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 21, que acontece a partir de 30 de novembro, em Paris.
Foto: Presidencia de la República/Creative Commons